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A Natação nas Olimpíadas e o Espírito Aloha

A Natação nas Olimpíadas e o Espírito Aloha

A Natação nas Olimpíadas e o Espírito Aloha tem um nome em  comum, Duke Kahanamoku.

Acostumado a nadar nas águas salgadas de Honolulu, o havaiano tinha menos de um ano de treino em piscinas e se aventurava pela primeira vez em Olimpíadas.

Após uma ida e uma volta, completou os 100 metros em 1m03s4, uma medalha de ouro que daria início à história de um outro esporte.

Depois daquele e de outros dois ouros e duas pratas, em três edições dos Jogos, o havaiano fez de suas glórias olímpicas vitrine para seu arquipélago e mostrou ao mundo o até então menosprezado surf.

O tempo naquela final não chega perto dos 47s52 de Nathan Adrian, ouro em Londres.

Nas semis, com o tempo de 1m02s4 conquistou o recorde olímpico.

Duke virou celebridade, amigo das celebridades, viajou o mundo fazendo exibições de natação e surf.

Em 1932, foi eleito xerife de Honolulu, função na qual serviu por longos 29 anos.

Seu carisma era conhecida em todo o Havaí, e seu Aloha Spirit era a sua marca registrada.

Após largar o cargo de xerife, se tornou um ‘recepcionista oficial’ da ilha.

Duke passou a recepcionar atores de Hollywood, atletas famosos e políticos importantes que desembarcavam no Hawaii, graças ao seu enorme carisma.

Hoje, uma linda estátua recebe os turistas na badalada praia de Waikiki.

Duke herdou o nome do pai, Duke Halapu Kahanamoku, batizado assim em homenagem ao príncipe Alfred, duque de Edimburgo, que visitou o Havaí no ano de 1869.

Aos 20 anos de idade, um treinador o viu nadando na baía de Honolulu e o convenceu: era um talento, tinha de competir.

No verão havaiano de 1911, Duke nadou 100 jardas em 55s4, quatro segundos e seis centésimos mais veloz que o recordista mundial, o bicampeão olímpico Charles M. Daniels.

A notícia dos resultados correu os Estados Unidos e chegou a Nova York.

Poucos acreditavam, faziam piadas com o tamanho de seus grandes pés.

Apesar de cinco árbitros oficiais terem cronometrado a façanha, e a distância ter sido medida quatro vezes, o recorde nunca foi reconhecido pela União das Associações Atléticas.

Alegavam que Duke teve um empurrãozinho da corrente na baía de Honolulu.

Duke não se importou, voltou a surfar e treinar.

O clube em que nadava, o Hui Nalu, fez uma campanha para arrecadar dinheiro e mandá-lo ao continente no ano seguinte.

Lá, deslumbrava os fãs com técnicas de natação que aprendera dois anos antes, com australianos que tinham visitado o Havaí.

Duke disputou a seletiva olímpica em maio de 1912, na Filadélfia, venceu os 100 metros livre em 60 segundos.

Nos 200m, prova que não era sua especialidade, quebrou o recorde mundial.

Ao retornar ao Havaí, Duke era uma celebridade.

Competiu em outras três Olimpíadas e ganhou cinco medalhas.

Medalhas de Duke Kahanamoku em Olimpíadas

1912 – Estocolmo – 100m livre – ouro
1912 – Estocolmo – 4 x 200m livre – prata
1920 – Antuérpia – 100m livre – ouro
1920 – Antuérpia – 4 x 200m livre – ouro
1924 – Paris – 100m livre – prata