Nesse final de semana, um grupo de atletas de apnéia se uniu para superar seus limites físicos na Ilha do Xavier, em Florianópolis (SC).

Orientados pela recordista mundial da modalidade, a brasileira Karol Meyer, eles participam de uma competição inédita na América do Sul, o 1º Petra Dive Games.

O evento utiliza como base um embarcação, onde os apneistas se preparam para um grande desafio. 

Em duplas, cada competidor segura nas mãos uma pedra chamada Skandalopetra, que deve ser levada até a profundidade fixada pelas regras da competição, através de um trajeto vertical.

Até onde vai o limite do seu corpo? | Fotos: Juliana Clementi

O atleta deve voltar à superfície rebocado por seu companheiro de equipe, sem o uso de qualquer mecanismo, com o objetivo de completar o percurso no menor tempo possível e com a abordagem mais próxima da profundidade fixada.

A prova exige agilidade na compensação dos ouvidos, hidrodinamismo e muita técnica durante todo o mergulho, carregando uma pedra de 11kg, sem máscara e sem nadadeiras.

Durante a prova, uma série de regras determinam a classificação e pontuação dos atletas, por exemplo: na descida, eles não poderão impulsionar a pedra com as pernas ou braços e assim que chegarem na superfície devem tirar o grampo do nariz e fazer o sinal de “ok”.

A modalidade Skandalopetra remete aos mergulhadores da Grécia antiga que se utilizavam dessa técnica para pescar.

Todas as regras respeitam a Associação Internacional Grega, presidida pela maior autoridade no assunto, o Dr. Nikolas Trikilis.

O sábado ensolarado foi perfeito para os treinos e nesse domingo está marcada a prova final, sob a supervisão dos juízes oficiais e sob os cuidados da equipe de mergulho e apoio da escola Cultura Subaquática.