Karol Meyer no topo das montanhas

Karol Meyer (recordista mundial de apneia), subiu no pódio de uma das maiores provas de bike do país, o 6º Desafio da Serra do Rio do Rastro, temido por sua  uma implacável subida de 24km e 1.200m de altimetria!

A atleta conquistou o 3º lugar na categoria Elite Feminino e fez a gentileza de conceder uma entrevista para o site da Mormaii.

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Como começou sua paixão pela bike?

A paixão pela bike sempre existiu, mas como um hobby e treino paralelo para o mergulho em apneia. 

Foi assim que sempre pedalei na academia, aulas de spinning, e nas ruas de Floripa como lazer.

No ano passado conheci os  grupos de pedal, em especial o  “Pedal dos Amigos”, no qual meu marido pedalava e passei a acompanhar algumas saídas, daí não parei mais.

Em grupo, agregamos segurança, trocamos idéias, trilhas, somos guiados e motivados por atletas experientes como Rock Waltrick.

Como foi sua rotina de treinos para esse desafio?

Troquei 3 dias na academia por saídas para pedaladas ao ar livre, sempre com foco de melhorar nas subidas, principalmente, focando em chegar bem neste desafio da serra mais bela do mundo.

Recebi apoio e dicas do marido e dos  amigos do pedal, investi numa bike e acessórios adequados, alimentação, acompanhamento médico desportivo do Dr. Flavio Formigoni. 

Foram cinco meses de treinos progressivos, chegando a subir quatro vezes consecutivas o Morro da Cruz, em Florianópolis. 

De que forma a bike ajuda no mergulho?

O pedal exercita um dos maiores grupos musculares do corpo e o mesmo que utilizamos nas batidas de pernas para o mergulho, além, é claro, do trabalho aeróbio e anaeróbio que possibilita.

Tanto a subida quanto a descida trabalham  muito o “core”, o abdômem e a base das costas (coluna lombar) são a fundação vital, então complementava com exercícios na academia.

Quais os maiores desafios dessa prova?

A largada é cedo, 6h30 estamos à mil!

A mudança de temperatura choca o organismo, saímos de 30ºC em Floripa para pegarmos 10ºC lá em cima.

Na largada, já encaramos uma subida leve. 

Entre subidas e descidas, após  uns 10 Km, chegamos de fato na base da Serra do Rio do Rastro, mas a inclinação ainda não é radical, o que consome é a constância da subida.

Neste ponto eu sei que só vai aumentar a exigência e o empenho.

A estrada passa a inclinar, ainda mais, nos últimos 4km, muitos nem recomendam olhar para cima… 

O paredão é imenso, um misto de beleza e desafio toma conta da gente.

Esta parte final é a mais difícil, com o cansaço acumulado, mãos dormentes, coluna lombar doendo, a hora é de manter um ritmo possível, competitivo, baixar a cabeça e seguir. 

Parar jamais! Fui ultrapassada neste trecho, mas consegui recuperar na reta final.  

Um sonho ter conquistado esse primeiro pódio num dos desafios mais belos e radicais do ciclismo.

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Desafio vencido | Fotos: Arquivo Pessoal

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